Estou chateado, frustrado, sinto-me só e não sei o rumo que esta minha vida está a levar e se é esse o rumo que quero para mim. O que sinto não é de hoje, não é de ontem, não é do mês passado, nem mesmo do ano passado, é algo que me persegue desde a altura em que pude escolher o meu destino (talvez o 9º ano em que tive de escolher uma área à qual dedicaria a minha vida). Desde então que tomo opções em cima do joelho, deixando-as para a última altura possível porque não gosto de as tomar. Depois de tomadas gosto da alteração que provocam em minha vida, gosto de coisas novas, especialmente se forem novas para os outros também. Assim fui andando de salto em salto, do básico para a área cientifica no secundário, para farmácia para farmacêutico para pharmacist. Esta sucessão lembra-me porque gosto de caminhar, é a natural sucessão de coisas assim como o tempo não pára, ao caminhar só é preciso por um pé em frente do outro, é algo que conseguimos fazer sem pensar (o tempo também passa sem termos que pensar nele).
Deixando-me de filosofias e de frases soltas que se emergem no cerebro como ervas daninhas, estou chateado pela única razão que me consegue deixar chateado. Há coisas que me deixam triste, há aqueles que me deixam preocupado, os que me deixam angustiado, os que me deixam doente, mas só há uma coisa que me deixa chateado: miúdas! Acho que vou comprar um cão (ou uma boneca insuflável) de quem eu possa gostar e que não tenha hipotese de fugir. Eu não conhecia esta miúda bem, nem sabia muito bem se gostava dela, mas como acontece nestas coisas, se me interessa, atiro-me de cabeça primeiro.
Agora que vejo que as coisas estão negras penso no que posso perder ou de facto já perdi, mas algo te prometo tenciono bater com a cabeça até aprender a lição...