Contradição

Porque gosto de contradições?

É a melhor maneira de falar sem dizer nada. Por exemplo, se alguém te pergunta “gostas de crocodilos?” respondes “sim…” pausa de 2 segundos “não…”. Deste duas respostas contraditórias, deixando o inquiridor na mesma (aqui na se aplica aquela regra do “a primeira resposta é que conta!”). Poderão estar a pensar que uma boa resposta seria “talvez” mas aí estarias a ser indeciso e ninguém gosta de pessoas indecisas.

Usando contradições pode-se dizer exactamente o que se pensa: “gosto de ti”, “és uma merda” embora esta não seja uma contradição que se possa usar com qualquer pessoa (há muita gente que é uma merda e há quem goste deles ou pelo menos espero que haja…)

Por último há aquela contradição que nos permite dizer a ruindade que fizemos deixando as pessoas na dúvida… Um exemplo? “Peidei-me”, “tenho gases…” a contradição aqui? É não ser uma contradição…

Buraco negro

Provavelmente todos vós já ouviram falar daquela teoria/mito/boato de que existem buracos negros espalhados algures pelo universo (também inventado por pessoas para não serem queimadas vivas) que sugam tudo o que lhes rodeia, sejam eles planetas, estrelas ou simplesmente espaço... É um pouco assim que eu vejo este blog. Um buraco negro onde entra tudo mas não sai nada... Por vezes será um refúgio de um mundo inexistente (o meu...), o lixo para uma teoria absurda, uma tentativa (talvez a nona) de dizer o que me apetece só porque me apetece...

No entanto não se deixem enganar pelo conteúdo do blog, que apesar de ser um pouco "dark" (porque escuro não é bem a sentido que procuro) não faz de mim uma pessoa melancolica, triste, frustrada... A verdade é que é nas horas "darks" que surge vontade de gritar para dentro de um buraco negro, sem medo que as minhas palavras se percam para sempre.
Gosto de contradições, já disse?
No inicio deste post não sabia o que este blog era, e agora acho que é um buraco negro... Como as coisas mudam de um momento para o outro... Por isso não tenham medo aqui do buraco, ele não mostra a fotografia grande (the big picture), mas apenas detalhes, sombreados, coisas que por vezes parecem estar lá, mas não estão... e coisas que parecem não la estar, mas estão.

Anouk

No comment...

De volta...

De volta... não às raízes mas a casa.
Chamo-lhe casa, mas não me refiro à estrutura de quatro paredes mas sim às pessoas que o habitam que fazem dele a minha casa.
Foram só 15 dias fora, mas um pouco à imagem do ano passado volto uma pessoa diferente. Não há perdas tão significantes, nem ganhos tão empolgantes, mas mais uma vez não trocaria este periodo da minha vida por outro que possa ter vivido em Portugal no mesmo período de tempo.

Estou quase de saída... Sinto-me um boomerang que percorre longas distâncias apenas para voltar ao ponto de partida. O que quero agora da vida? Vivê-la.

Uma coisa vos garanto, depois de partir, hei-de voltar e depois de voltar hei de partir novamente. Planos? Tenho muitos...
Se houver aí algum boomerang que não tenha planos é só avisar que companhia será sempre muito bem vinda...